sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Essa foi boa! Votação do Ficha Limpa em doses homeopáticas!

Muito interessante a comparação que o Diário do Nordeste fez com a votação do Ficha Limpa, pelo fato da votação ter sido interrompida pela segunda vez, quando apenas havia se dado um voto. A matéria refere-se a esta vergonha nacional como 'julgamento em doses homeopáticas': "O Supremo Tribunal Federal (STF) julga em doses homeopáticas se a Lei da Ficha Limpa terá ou não validade na eleição municipal de 2012", inicia assim a matéria. Fato notadamente divulgado ontem em todos os telejornais e sites do país: o pedido de vista do Ministro Dias Toffoli, que disse não ter certeza se conseguirá ainda neste ano liberar as ações. O julgamento do STF é para considerar constitucional ou não o Projeto de Lei Ficha Limpa.

Na verdade, a população brasileira não esperava que fosse diferente, afinal "conhecemos nosso gado", como traduz o pensamento popular. Apesar de que, a ordem é inversa aqui: o povo brasileiro é que tá sendo o gado, guiado por essa minoria que sempre impõe sua vontade, seus desmandos. E se o povo não ficar vigilante, pressionar, ajudado pela mídia, o Projeto Ficha Limpa vai ser abortado antes do final da gestação.

Por enquanto, como relata a matéria do DN, só são conhecidos dois votos, ambos favoráveis a declarar constitucional a norma. O STF tem atualmente 10 ministros. A 11ª cadeira está vaga à espera de Rosa Maria Weber, escolhida pela presidente Dilma Rousseff, mas que ainda não tomou posse.

Leia o resto do conteúdo publicado no DN:

Na sessão de ontem, apenas o ministro Joaquim Barbosa votou. Ele defendeu a validade total da lei, que, segundo ele, está de acordo com princípios da Constituição Federal que estabelecem a moralidade, a impessoalidade e a proteção do interesse público.

"As alegações de inconstitucionalidade dessa lei decorrem de interpretação limitada da Constituição Federal que privilegia uma minoria de ocupantes de cargos eletivos em detrimento de toda a sociedade, que anseia pela moralização da política brasileira, para que não haja mais engodo do eleitorado, manifestações e falsas promessas", disse o ministro.

Após o voto de Barbosa, o relator das ações, ministro Luiz Fux, pediu licença para reajustar o seu voto, dado na sessão do último dia 9.

Na ocasião, ele havia concluído que os políticos só podem ser atingidos pela Lei da Ficha Limpa se renunciarem aos mandatos para fugir de processo de cassação já abertos.

Se a renúncia ocorresse antes da instauração formal do processo, o ministro tinha dito que o político não poderia ser considerado inelegível

Essa interpretação inicial de Fux abria brecha para candidaturas de políticos como Joaquim Roriz e Valdemar Costa Neto. Hoje, ele voltou atrás para validar o artigo da lei que estabelece a inelegibilidade para os políticos que renunciam mesmo antes da abertura formal de processos de cassação.

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