CASO DE AGRESSÃO A JORNALISTA EM JUAZEIRO

Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela Polícia sobre o atentado contra o jornalista Gilvan Luiz Pereira, em Juazeiro do Norte, Região do Cariri. O titular da Delegacia Regional de Juazeiro, Levi Leal, trabalha em sigilo, mas revela que ouvirá quantas testemunhas forem preciso. “Não temos previsão de quantas deverão ser ouvidas. Estamos trabalhando todos os dias. E se for preciso tomarmos o depoimento de 100 pessoas, nós o faremos”, afirmou.

O caso foi na noite do dia 20 de maio, no bairro Juvêncio Santana, em Juazeiro do Norte. O proprietário do jornal ‘Sem Nome’, Gilvan Luiz Pereira, 41, foi sequestrado à noite, por três homens encapuzados. Ele foi retirado do carro pelos bandidos quando chegava ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja). Os bandidos chegaram a ficar 20 minutos com a vítima, mas a Polícia ainda interceptou o carro que o grupo ocupava.
O jornalista Gilvan Luiz chegou a ser amarrado e agredido. Com fraturas pelo corpo, ele ainda ficou cinco dias internado em um hospital de Juazeiro.

Fundador do jornal Sem Nome, Pereira, 40 anos, escreve artigos críticos sobre a administração do prefeito da cidade, Manoel Raimundo de Santana Neto (PT), acusado de irregularidades administrativas, fraudes em licitações e superfaturamento de obras.

Em 21 de maio, em entrevista ao Portal, Gilvan responsabilizou pelo crime o prefeito de Juazeiro e também o vereador do PSB, Roberto Sampaio, alegando que havia feito uma denúncia sobre sua mulher, que estava recebendo o "Bolsa Família" (auxílio do governo federal para pessoas com baixa renda) sem ter o perfil para isso. O prefeito e o vereador negaram a autoria e disseram que ajudariam no esclareciemento do crime.


Com medo de novas retaliações, Gilvan contou à reportagem nesta quarta-feira (2) que ainda não retornou ao trabalho e que para isso, prefere esperar o fim das investigações. Afirmou também que não recebeu nenhuma ameaça após o sequestro. "O clamor popular em todo o Ceará está ajudando para que as autoridades trabalhem com rapidez no caso".

Fontes: Blog do Macário e Portal Imprensa