sexta-feira, 16 de julho de 2010

Caso Eliza: Bruno têm habeas corpus negado

Justiça também rejeitou o pedido de habeas corpus de outros seis envolvidos no desaparecimento de Eliza

O desembargador Doorgal Andrade, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, negou, ontem, o pedido de habeas corpus em favor do goleiro Bruno Fernandes, apontado pela Polícia como mandante do assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio.

O pedido negado também incluía Luiz Henrique Romão, o Macarrão, Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigos do jogador; Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, sua mulher; Elenilson Vitor da Silva, caseiro do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG); e Sérgio Rosa Sales, o Camelo, primo de Bruno. A decisão é liminar (provisória), e o mérito do habeas corpus ainda será julgado pelos integrantes da 4ª Câmara Criminal.

Entre os suspeitos de envolvimento no crime, só não foram incluídos no pedido o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pela Polícia como autor do assassinato, e o adolescente de 17 anos primo do jogador, que confessou ter participado do sequestro.

Segundo o TJ, a defesa citou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluzo, na argumentação do pedido: "a menos que seja absolutamente necessário, não se deve mandar um criminoso para a cadeia. A prisão não deve funcionar como uma satisfação dessa pulsão primitiva que o ser humano tem pela vingança".

Os advogados do goleiro escreveram, ainda, que Bruno era um atleta disputado pelos clubes de mais alto nível e que estava tendo a carreira prejudicada "em virtude da segregação de sua liberdade que não se mostra necessária".

A defesa de Bruno tentará demonstrar à Justiça que o jogador é vítima de uma vingança por parte de Sérgio Rosa Sales por ter sido substituído da condição de braço direito na administração da vida do atleta.

Sigilo bancário

A juíza Marixa Lopes, do tribunal do Júri de Contagem, autorizou, ontem, a quebra do sigilo telefônico de Bruno e de outros quatro envolvidos no crime.

Além do goleiro, foram liberados os dados telefônicos de Marcos Aparecido, Elenilson Vítor, Wemerson Marques, Flávio Caetano e do adolescente.

O pedido foi feito pela Polícia Civil de Contagem. A Justiça já havia autorizado a quebra do sigilo telefônico de outras três pessoas anteriormente, de Eliza, de Dayanne e Luiz Henrique.

A Polícia pretende ouvir os telefonemas dados e recebidos antes e depois do desaparecimento da ex-amante de Bruno.

A delegada da Divisão de Homicídios de Minas, Alessandra Wilke, informou, na última quarta-feira, que vai intimar para depor Fernanda de Castro, outra suposta amante de Bruno, após o adolescente contar que uma loira cuidou do filho de Eliza no Rio, antes de a vítima ser levada para Minas, mas sem citar o nome da pessoa. Como as características físicas são parecidas e Bruno foi visto saindo de casa com o carro de Fernanda, a Polícia irá investigar.

Fonte: Diário do Nordeste

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