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| Com a parede do açude rompida, faltou água para o consumo humano e animal - Foto Crisanto Teixeira |
No último dia 13 do mês em curso, o presidente da EMATERCE, José Maria Pimenta Lima, visitou acompanhado do secretário municipal de agricultura, Raimundinho, as comunidades rurais do distrito Flamengo e Sítio Bela Vista, para conhecer dois açudes que foram rompidos há cerca de cinco anos e que foram objeto de reivindicação da comunidade, em especial através do pronunciamento do produtor Ferreirinha, durante o Seminário sobre a Seca, realizado no dia 04 de abril, pela Prefeitura Municipal em parceria com o Instituto Frutal, e EMATERCE, com apoio do Banco do Nordeste, COGERH e SDA, onde foi discutido, entre outros assuntos ligados à seca, a necessidade de água para o consumo humano e animal e a insuficiência do serviço de abastecimento através de carros-pipas na zona rural.
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| Açude do Sítio Papagaio- Foto Crisanto Teixeira |
O agricultor Ferreirinha, um dos pioneiros na cultura da mamona em nosso município, acompanhou a inspeção do presidente da EMATERCE. Em sua propriedade, um açude comunitário construído pela prefeitura, no ano de 1957, e que foi embora, como se diz na linguagem do agricultor saboeirense, no inverno de 2009, está inviabilizando a atividade produtiva e o consumo humano a animal. De acordo com o líder comunitário Ferreirinha o açude possui uma bacia hidráulica de aproximadamente 3 km e abastecia as comunidades de Papagaio, Açudinho, Olaria, Santa Inês, Paço Fundo, Cachoeira I e II, Lajedo, Fabiano e Aroeira Ferrada, fornecendo água de boa qualidade para aproximadamente mais de 500 pessoas, além do rebanho animal.
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| Ferreirinha conduz os visitantes ao local onde eu pai foi sepultado -Foto Crisanto Teixeira |
Na imediações do açude arrombado está sepultado o agricultor Francisco Ferreira de Andrade, pai de Ferreirinha, que faleceu há quatro anos, após completar 73 anos, antes de realizar o sonho de ver o reservatório recuperado e cheio, trazendo a vida para o sertão castigado por sucessivas secas ao longo de sua história. “Meu pai me pediu para sepultá-lo aqui neste lugar, para que ele pudesse assistir todos os dias a nossa luta para tapar o buraco do açude arrombado; eu também quero, quando morrer, ser enterrado aqui ao lado do meu pai, agora para ver a fartura que esse açude depois de recuperado ainda vai trazer para essa região”, disse Ferreirinha, agora com a esperança renovada na certeza do cumprimento da promessa de José Maria, alguns dia antes.
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| Açude da Bela Vista perdeu quase toda parede Foto Crisanto Teixeira |
O segundo açude comunitário visitado, foi na localidade de Bela Vista, também rompido no inverno de 2009. Residindo próximo ao reservatório o agricultor José Matias Costa, mais conhecido como Zé do Baldo, reivindica os serviços de recuperação, que segundo ele, traria uma grande riqueza para toda aquele região, beneficiando as comunidades de Bela Vista, Canadá, Caraúbas, Maracaná, Lagoa do Fogo, Lagoa de Dentro, Bethel, Betânia, Estrema, Jurema, Lagoa Redonda, Lagoa Cumprida, Alto da Esperança, Minador, Santa Rosa e Santa Fé. Ao todo, mais de 600 pessoas seriam beneficiadas. Conta dona Rosa Maria, esposa do Zé do Baldo, que já está cansada de tanto sofrer por conta da falta d'água em casa. “Aqui a gente vem sofrendo muito com a falta desse açude para nos abastecer; o carro-pipa vem uma vez por mês e a água tem que ser racionada, senão a gente fica com sede”, reivindica a agricultora Rosa.
Postagem elaborada com base no texto do jornalista Crisanto Teixeira, publicado no seu blog.
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