Crueldade: homem ateia fogo na mulher enquanto ela dormia na cidade de Jucás

A população de Jucás está revoltada por causa de um crime bárbaro acontecido há dois dias. Por volta das seis da manhã do dia 15 de maio, Rômulo André Paulino da Silva, ateou fogo na sua companheira enquanto a mesma dormia. A vítima é Jucimeire Gomes da Silva, conhecida como Meury. Os pais de Meury moram no município de Saboeiro, no Distrito Felipe, o casal de comerciantes Chagas e Espedita.

Meury sobreviveu, com ajuda dos vizinhos, mas se encontra hospitalizada no Frotão de Fortaleza, com graves queimaduras, especialmente na parte superior do corpo. Por telefone, sua mãe nos informou que vinha dirigindo seu carro, na companhia do seu outro filho, Allan, no sentido Felipe- Iguatu, quando ao passar em frente à residência da filha, nas proximidades da Serraria de Jucás, viu uma grande concentração de pessoas em frente à casa, com grande movimentação, e ao parar o carro, já foi informada que sua filha tinha sido encaminhada alguns minutos antes para o hospital da cidade, logo tomando conhecimento do que de fato havia acontecido e que Rômulo havia fugido, deixando Meury em chamas. O fogo tomou conta da cama onde a vítima dormia, conforme pode ser visto na foto ao lado. 

Rômulo tinha temperamento violento

Meury

De acordo com informações de vizinhos e amigos de Meury, ela vinha enfrentando problemas no relacionamento por causa de Rômulo ser mulherengo e violento. Dessa forma, Meury reclamava, ameaçava ir embora e Rômulo não aceitava a separação, nem mudava seu comportamento. De acordo com a mãe de Meury, Espedita, a filha não lhe relatava o que estava acontecendo. Chorando, a mãe disse que várias pessoas estavam lhe telefonando, prestando solidariedade e dando informações do que a filha vinha sofrendo. Alguns dias antes, Rômulo teria tentado queimar Meury com uma prancha de cabelo, e que também já a tinha ameaçado. "Não dá para descrever o que uma mãe e um pai sentem ao ver uma filha numa situação dessas", disse a mesma.

Soltando o Verbo:

A violência contra a mulher é um crime terrível. Cada dia mais nos deparamos com situações de extrema crueldade, e analisando mais criteriosamente, as grandes tragédias sempre são precedidas por algum tipo de violência prévia. Gritos, empurrões, ameaças, insultos, tapas, socos ou pontapés... E cada vez mais mulheres são vítimas silenciosas, não tendo coragem de denunciar seus agressores, e como no caso de Meury, não conta nem mesmo à família. O motivo dessa omissão, muitas vezes é um amor incondicional que faz acreditar que a situação vai mudar, ou medo de que as agressões se tornem mais intensas ou as ameaças sejam cumpridas.