quinta-feira, 12 de julho de 2012

Marcharré: Mestre da Cultura Saboeirense


Ele se chama Valderino Jacó, e é um dos mestres da Cultura de Saboeiro. É popularmente conhecido como Marcharré, uma figura folclórica de nosso município que faz da preservação da cultura regional sua bandeira de vida. Um homem talhado perla cultura negra, pela singeleza de uma vida sem luxo, sem estudo, acostumado ao cabo da enxada, ferramenta de onde tirou o sustento de sua família.

Nosso mestre nasceu e cresceu fazendo cultura, junto à tantos outros saudosos e célebres moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima (Ruinha e adjacências). Ele luta para manter vivas tradições como o maneiro-pau, São Gonçalo, Pastoril e Quadrilhas.

Valderino, ou simplesmente Marcharré, foi homenageado no início de maio com a Comenda Francisco Cândido Silva, homenagem concedida pela Prefeitura Municipal a várias pessoas do município, pessoas que deixaram sua marca registrada na história do município, pela vida dedicada à educação, cultura, entre outros.


Nosso personagem organizou uma quadrilha tradicional junto com os moradores da Rua Poço do Serrote, e onde realizou um cortejo com apresentação da quadrilha em frente à rodoviária e ao Mercantil Olinda, no último dia 08 de julho, com direito a noivos, jumentos, e sua inseparável companheira de apresentações culturais, uma boneca de pano com o qual faz uma maravilhosa apresentação de dança. 


Marcharré se emocionou, porque a população começou a seguí-los, a pé, ou em motos, todos muito animados, emoção compartilhada com sua irmã, Francisca Jacó (foto), uma das líderes do grupo de Pastoril. As lágrimas nos olhos dos dois dizem mais que mil palavras!


Um animado forró pé-de-serra com Cícero do Assaré animou a festança, que correu solta até quase o dia amanhecer!

O Blog Saboeiro Existe parabeniza àqueles que ajudam a manter viva a nossa herança cultural. Parabéns, Marcharré!! Parabéns povo da Ruinha, do Poço do Serrote! É assim que se faz!! Isso é importante: pras coisas acontecerem só precisamos de pessoas de alma nobre, coração simples, vontade de fazer. Macharré custeou do próprio bolso o pagamento do sanfoneiro, a vizinhança se uniu na preparação do cenário junino, com bandeirinhas. Tudo muito simples, mas essencialmente cultural, essencialmente rico. Alí estavam pessoas que em toda sua vida se reuniram nos tradicionais forrozinhos do Poço do Serrote, pessoas unidas pelos laços de sangue, ou simplesmente de amor, que compartilham entre si uma coisa que não é o dinheiro ou o luxo que traz: a arte de ser feliz quando a vida não oferece muito!

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