segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DIA DE FINADOS NA TERRA DO GALO

Encontrei um texto escrito em 2006, no site da Editora FTD, uma explicação coerente sobre a simbologia do dia dos finados, à luz da Igreja Católica:

Qual a simbologia do Dia dos Finados? Seria um momento de tristeza ou de alegria?


"A morte sempre foi um mistério profundo para todos nós. E a Igreja propondo-se à celebração do Dia dos Finados logo após a celebração do Dia de Todos os Santos, outra intenção não tem senão nos colocar diante da vida para olhar o passado, o presente e, sobretudo, o futuro. Visitando o cemitério onde estão enterrados nossos entes queridos, debruçamo-nos sobre os nossos limites e fraquezas, confrontando-nos com o fato de que um dia também nós estaremos lá.


Lembremo-nos que a morte é um processo biológico natural e até necessário, pois nesta dimensão viver é o gradual esgotamento de toda a energia biológica. Um dia alguém me disse: "o nosso corpo é um casulo que se desfaz com a saída da alma para a eternidade, pois somos apenas hóspedes de passagem". Como se diz popularmente: “ninguém fica para semente”. Conclui-se daí, a necessidade de uma preparação contínua, pois a morte, como diz Jesus, pode nos surpreender no dia em que menos esperamos. E árvore cai do lado por onde pende... Aquele que a cada dia, se prepara para morte não será surpreendido e acorda na feliz eternidade. Cada dia costumo rezar esta oração: “Senhor que eu saiba receber a morte com confiança, paz, amor e resignação”.


Ademais, a lembrança de nossos mortos deve estimular-nos a viver uma vida que nos leve à feliz eternidade. O próprio Jesus nos adverte quando diz: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, este tem a vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida” (Jo 5,24). Cristo nos coloca duas condições: ouvir e crer e seguir-lhe os passos com generosidade e perseverança.


As pessoas que se desesperam com a morte de um ente, por mais querido que seja, demonstram que não ouviram a Palavra de Jesus e nem creram nele. Isso não quer dizer que não sintamos a sua ausência e mesmo que choremos à vontade. É um sentimento mais do que natural. Mas nunca o desespero e muito menos lançar “injúrias” a Deus que sabe melhor do que nós o que nos convém.São Paulo nos adverte quando declara: “Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morrerem” (1 Tes 13 s).


Em todas as religiões há um culto especial aos mortos. Isso revela, no fundo, que acreditam na imortalidade. Para nós, cristãos, é uma certeza, ainda que ignoremos o "como" isso se dá, pois ninguém veio de lá para nos contar como as coisas acontecem. Muitas vezes me coloco a meditar como será a nossa entrada no céu, na morada eterna. Cristo nos assegurou, no seu evangelho que “há muitas moradas que o Pai preparou para os que lhe são fiéis” (Jo 14,2).


Ao adentrar um cemitério para visitar os túmulos de nossos entes queridos e de outros que lá jazem, um pensamento de otimismo deve inundar o nosso coração, pois um dia ressuscitaremos. É Jesus mesmo que no-lo assevera: “Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a minha voz e sairão. E aqueles que tiverem feito o bem, deles sairão para a ressurreição que conduz à vida” (Jo 5.28). Essa é a perspectiva daqueles que fizeram o bem durante a sua vida. Quanto aos demais, diz Jesus que “irão a julgamento” que só ele mesmo sabe qual é. O importante é assegurar-mos, com uma vida de santidade, o nosso lugar na morada que o Pai nos preparou. Quem a cada dia faz sua preparação à morte, certamente terá uma passagem tranqüila desta para a outra vida. Ao visitar um cemitério, não esqueçamos de rezar por todos os que esperam a ressurreição final. E por que rezamos pelos falecidos? Eis o que diz o Catecismo da Igreja Católica: “Aqueles que morrem na graça e amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A esse lugar, a Igreja dá o nome de Purgatório” (Cf. nº 1030). Nós podemos colaborar com a conversão destes nossos irmãos nesta situação existencial com nossas orações e sacrifícios. Por isso, mandamos celebrar missas pelas pessoas falecidas. Quando entrarmos na eternidade elas nos reconhecerão e nos agradecerão, na alegre presença do Senhor. Quanto tempo dura esta situação existencial é segredo da eternidade de Deus."


Ir. Egídio Luiz Setti (Diretor Geral do Colégio Nossa Senhora da Glória e Diretor-adjunto da Editora FTD)




Na nossa querida "Terra do Galo", Saboeiro, o prefeito realizou uma reforma no cemitério, incluindo nas imediações, onde foi colocado mais um poste de energia elétrica e foi reformado o trecho da rua cujo calçamento havia sido destruído. Faz parte da decoração a construção de pequenos jardins gramados. Ficou muito bonito!


(fotos em breve)

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