sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vale muito uma reflexão: Marina, Dilma e o guarda-roupa

Arnaldo Rocha - psiquiatra
Arnaldo Rocha
por Arnaldo Rocha – médico/neuropsiquiatra/professor universitário
Médico, Neuropsiquiatra e Professor universitário
Médico, Neuropsiquiatra e Professor universitário
Na biblioteca da Associação Cultural Itapetinguense (Itapetinga, Bahia), tive contato pela primeira vez, aos 13 anos de idade, com a literatura fantástica do escritor britânico C.S. Lewis, através da belíssima série intitulada “As Crônicas de Nárnia”. E nunca mais a esqueci! Aqueles que leram o livro ou assistiram ao filme se lembrarão da aventura dos quatro irmãos Pervensie, que ao fugirem dos bombardeios a Londres durante a II Guerra Mundial, se dirigem à casa de um professor que morava no campo e encontram dentro de um guarda-roupa uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia. Chegam a este país num inverno intenso, decretado pela Feiticeira Branca e tomam conhecimento de uma profecia narniana que dizia que quando dois filhos de Adão e dois filhos de Eva se tornassem reis de Nárnia, o governo da feiticeira iria terminar. Quem quiser saber o fim da história leiam o livro, assistam ao filme ou espere o resultado das eleições no dia 25 de outubro. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Estamos vivendo num País, cujo realismo fantástico, supera, de longe, a criatividade de Lewis e, o que é pior, baseado na premissa de que “a esperança vai vencer o medo, o amor vencerá o ódio”, incutindo na consciência de parte da população, o maniqueísmo de que tudo vale para manter o status quo! Discursos são distorcidos, palavras são milimetricamente usadas, numa inteligência malsã e iníqua em nome da manutenção do poder pelo poder, travestido de ganhos sociais, antes relegados e descritos como esmolas. O sentimento não é apenas de decepção, mas de traição!
Não podemos nos esquecer dos casos envolvendo Erenice, Rosemary, Delúbio, Dirceu, Valério, Orlando, Carvalho, Palocci, etc, etc. Será, amigo Roney, que é tudo fruto da “PIG”, como é chamada a imprensa que os delata? Quando as manifestações em junho do ano passado, acordaram “o gigante” sonolento, trataram imediatamente de demonizar os médicos, tornando-os vilões de um sistema de saúde que não utilizam. Para o povo, SUS, com seus hospitais repletos de corredores infectos, com macas duras e sujas e profissionais de saúde extenuados pelo improviso da falta de estrutura. Solução: importação de médicos, a maioria escravizada pelo salário aviltante, e conluio com as ditaduras mais soezes. Para os mesmos, os “sírio-libaneses” da vida! E, de quebra, uma política externa que se cala diante da ditadura venezuelana, com todos os seus cerceamentos peculiares, da escravização trabalhista dos médicos cubanos, das centenas de cristão mortos, de forma bárbara, alguns crucificados, pelo auto-denominado Estado Islâmico!
E alguns “brindes” como a construção de portos, aeroportos, perdões de dívidas astronômicas, em países, cujos ditadores vivem nababescamente, enquanto seus súditos mourejam na dor e na humilhação?! Foram impostas condições para que tais povos passassem a ser tratados com dignidade?! Óbvio, que não! Vivi grande parte de minha vida como militante, não apenas de um partido, mas de um sonho, que foi gradativamente se tornando pesadelo e me constrangendo à medida que fui tomando conhecimento das tramóias, das dissimulações, das falsidades, dos dossiês fabricados, das reputações alijadas e da crítica feroz e desconstrutiva, pois que o objetivo não é apenas destruir, mas desconstruir uma história, como tentaram fazer com Marina Silva durante os supostos debates, “dedo no olho”, vale-tudo, mma de caráter e ética.
Eu poderia escrever um tratado só de justificativas para não votar na “presidenta”, mas para entender a “era Dilma”, basta reler “As crônicas de Nárnia”: corrupções, delações premiadas, traições, invernos por decreto! E como prova de amor, Marina (o leão), se oferece em troca de Eduardo Campos, para ser sacrificado na Mesa de Pedra dos debates presidenciais. Mas a morte política temporária não vence Marina; e todos nós que fomos transformados em estátuas de pedra, agora nos rebelamos, sob o comando de Aécio, para derrotar a mentira e viver num país de paz e prosperidade. É o que, sinceramente, desejo! E se formos traídos novamente, nada como a alternância de poder, para fortalecer a democracia! AÉCIO 45!

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