sábado, 4 de outubro de 2014

Destaque do Jornal O Povo: Flagrantes de crimes eleitorais marcam reta final de campanha no Ceará

Apenas nos últimos dias, pelo menos quatro pessoas foram detidas em flagrante pela Polícia cometendo crimes eleitorais. As irregularidades vão desde compra de votos até distribuição de gasolina para motocarreata no Interior

Com poucas horas até o momento decisivo da eleição, candidatos e seus apoiadores parecem ter entrado na máxima do “vale tudo” na disputa pelo eleitorado. Apenas nos últimos dias, pelo menos quatro pessoas foram detidas em flagrante cometendo crimes eleitorais. As irregularidades vão desde compra de votos até distribuição de gasolina.
Polícia Civil atuando no flagrante em Saboeiro

Nesta quinta-feira, três pessoas foram detidas em Saboeiro - na Região dos Inhamuns - enquanto distribuíam tickets de “vale combustível” de R$ 5 para motoqueiros. Segundo o delegado Jefferson Silva, da Delegacia da Polícia Civil de Iguatu, a ação buscava a presença de veículos em motocarreata promovida na região.

“Abrimos uma investigação para apurar a questão, com o objetivo de abrir procedimento de crime eleitoral. Temos que fazer uma investigação mais profunda, saber se quem estava fornecendo essa gasolina possui ligação com qualquer candidato”, disse. Para este dia, estava agendada motocarreata de apoiadores de Camilo Santana (PT) no Município.

Entre a última terça-feira e esta sexta-feira, também foram presos em flagrante outros três apoiadores de candidatos no Estado. Em todos os casos, foram parados veículos com materiais de campanha de postulantes e altas quantias de dinheiro em espécie. A Polícia suspeita que os recursos seriam usados para compra de votos. Todos os candidatos têm negado qualquer relação com os casos.

Ministério Público
De julho a setembro, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Ceará recebeu 601 denúncias de crimes eleitorais. Entre os mais comuns, estiveram infrações de abuso de poder, uso da máquina, propaganda irregular e compra de votos.

Neste período, a PRE propôs 24 ações pedindo cassações de registros de candidatos e 132 ações por propaganda irregular. Foram propostas ainda uma ação de investigação judicial eleitoral contra nove réus e uma representação por conduta vedada de publicidade institucional contra cinco réus.

Além de continuar atuando durante todo o dia da votação para coibir ilícitos eleitorais, a PRE ainda poderá propor, até a data da diplomação dos candidatos eleitos, ações para pedir a cassação de registros, diplomas e a declaração de inelegibilidade por oito anos. Quinze dias após a diplomação, a PRE também poderá propor ações de impugnação de mandatos eletivos. 

Fonte: O Povo Online (colaboração de Amaury Alencar) 


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