Apenas nos últimos dias, pelo menos quatro
pessoas foram detidas em flagrante pela Polícia cometendo crimes
eleitorais. As irregularidades vão desde compra de votos até
distribuição de gasolina para motocarreata no Interior
Com poucas horas até o momento decisivo da eleição, candidatos e seus
apoiadores parecem ter entrado na máxima do “vale tudo” na disputa pelo
eleitorado. Apenas nos últimos dias, pelo menos quatro pessoas foram
detidas em flagrante cometendo crimes eleitorais. As irregularidades vão
desde compra de votos até distribuição de gasolina.
Polícia Civil atuando no flagrante em Saboeiro |
Nesta
quinta-feira, três pessoas foram detidas em Saboeiro - na Região dos
Inhamuns - enquanto distribuíam tickets de “vale combustível” de R$ 5
para motoqueiros. Segundo o delegado Jefferson Silva, da Delegacia da
Polícia Civil de Iguatu, a ação buscava a presença de veículos em
motocarreata promovida na região.
“Abrimos uma investigação
para apurar a questão, com o objetivo de abrir procedimento de crime
eleitoral. Temos que fazer uma investigação mais profunda, saber se quem
estava fornecendo essa gasolina possui ligação com qualquer candidato”,
disse. Para este dia, estava agendada motocarreata de apoiadores de
Camilo Santana (PT) no Município.
Entre a última terça-feira e esta sexta-feira, também foram
presos em flagrante outros três apoiadores de candidatos no Estado. Em
todos os casos, foram parados veículos com materiais de campanha de
postulantes e altas quantias de dinheiro em espécie. A Polícia suspeita
que os recursos seriam usados para compra de votos. Todos os candidatos
têm negado qualquer relação com os casos.
Ministério Público
De julho a setembro, a
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Ceará recebeu 601 denúncias de
crimes eleitorais. Entre os mais comuns, estiveram infrações de abuso
de poder, uso da máquina, propaganda irregular e compra de votos.
Neste
período, a PRE propôs 24 ações pedindo cassações de registros de
candidatos e 132 ações por propaganda irregular. Foram propostas ainda
uma ação de investigação judicial eleitoral contra nove réus e uma
representação por conduta vedada de publicidade institucional contra
cinco réus.
Além de continuar atuando durante todo o dia da
votação para coibir ilícitos eleitorais, a PRE ainda poderá propor, até a
data da diplomação dos candidatos eleitos, ações para pedir a cassação
de registros, diplomas e a declaração de inelegibilidade por oito anos.
Quinze dias após a diplomação, a PRE também poderá propor ações de
impugnação de mandatos eletivos.
Fonte: O Povo Online (colaboração de Amaury Alencar)
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